O nome "lambe-lambe" provavelmente chama a sua atenção. Esse apelido curioso vem do antigo gesto que os fotógrafos faziam de lamber a placa de vidro ou a chapa para determinar o lado da emulsão ou para fixá-la. Este detalhe acrescenta uma camada de autenticidade e artesanato ao processo, transportando-nos para uma época em que cada elemento da fotografia tinha seu próprio ritual.
Mas além da curiosidade de seu nome, o lambe-lambe tem uma história rica que democratizou o retrato fotográfico. Em espaços públicos, esses fotógrafos tornaram a arte do retrato acessível, fotografando momentos que, por sua vez, se tornaram micro-histórias de culturas e épocas. Entre as figuras notáveis que se iniciaram com essa forma de fotografia estão José Medeiros no Brasil e Henri Cartier-Bresson na França, ampliando sua influência para além de uma simples curiosidade.
O que torna o lambe-lambe uma lição atemporal para os fotógrafos modernos? Ele nos relembra a importância do engajamento e do processo, num mundo onde a fotografia digital muitas vezes nos faz esquecer o valor de um único clique bem pensado. Em meio à enxurrada de imagens digitais, o lambe-lambe nos convida a ser mais deliberados, mais seletivos, e talvez, mais humanos em nossas capturas.
Assim, para os fotógrafos que buscam melhorar suas habilidades e talvez até mesmo sua filosofia de trabalho, essa e não é apenas uma relíquia do passado, mas um tesouro de conhecimentos e princípios duradouros. O nome pode ser peculiar, mas o impacto e as lições são universalmente relevantes e você pode encontrar nessa arte bem mais do que inspiração.
Escrito por Angela Rosana, saiba mais sobre mim aqui.
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Publicação no Instagram em abril de 2023
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