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O Círculo na Fotografia e nas Artes: Um Elo Tangível entre Arte e Emoção


Maos segurando bola contraluz
Foto por Aloux Fotografia

Imaginemos por um momento a lente de uma câmera fotográfica, aquele círculo que capta a realidade e a transforma em imagem. A própria lente é uma microcosmo da influência e do simbolismo que o círculo tem exercido sobre nós, uma forma que é tão básica quanto complexa.


iluminação interior em circulos
Foto por Mahmut Yumusoglu

Esse simples desenho geométrico encontra ressonância em campos tão variados como a matemática, a religião e, até mesmo, a nossa psique. E, de algum modo, essa forma encontra seu caminho até as artes visuais, onde assume novas camadas de significado.


interior de igraja com circulos
Foto por Marc Dourdin

Dentro da composição, o círculo na fotografia e nas obras de arte atua quase como um imã para o olhar. Não importa se ele é o protagonista da imagem ou um elemento discreto em segundo plano, ele envolve e direciona nossa atenção de uma maneira que poucas outras formas conseguem. E, ao fazer isso, ele não só enriquece a composição estética, mas também aciona gatilhos emocionais. A forma circular, em sua simplicidade, tem o poder de despertar uma variedade de sensações e estados emocionais, desde um sentimento de aconchego e coesão, como se estivéssemos sendo abraçados por sua simetria, até uma sensação de vazio e indefinição, semelhante ao mistério de um horizonte que parece nunca terminar.



Silhueta de homem ao lado de bola de vidro
Foto por Damian Chrobak

Mas o que há nessa forma que nos faz sentir tanto? Carl Jung tinha uma teoria interessante: o círculo, ou a mandala, é uma representação do "Self", a totalidade da psique humana. Portanto, ao nos depararmos com essa forma em uma obra de arte, é como se algo dentro de nós estivesse sendo ativado, uma parte inconsciente que anseia por equilíbrio e totalidade. E quando artistas optam por incorporar o círculo em suas obras, seja de maneira consciente ou não, eles estão também dialogando com esses anseios universais do espírito humano.


Fotografia sobre bordado
Foto por Rochele Zandavalli

Essa busca pela unicidade não se limita apenas à nossa psique, ela também encontra ressonância em várias tradições culturais e espirituais ao redor do mundo. Em práticas orientais como o Budismo e o Hinduísmo, o círculo, frequentemente manifestado na forma de mandalas, serve como um instrumento para meditação e iluminação espiritual. Portanto, a presença dessa forma nas artes visuais pode funcionar como uma ponte para esses reinos mais transcendentais de entendimento, adicionando uma camada de profundidade à experiência do espectador.


bola de vidro com reflexo
Foto por Nega Angela

Assim, a representação visual do círculo ultrapassa simples escolhas estilísticas para se tornar uma porta de entrada à introspecção, uma janela para emoções complexas e até mesmo uma ponte para o divino. Esse elemento nos envolve com sua aparente simplicidade, mas nos desafia com sua inerente complexidade à medida que exploramos seus significados mais profundos. Em um mundo cada vez mais fragmentado, talvez o círculo atue como um elo silencioso, recordando-nos de que todas as coisas estão, de algum modo, interligadas, e que cada fragmento é parte de um sistema maior e mais coeso.


casal no círculo
Foto por Daniel Ribeiro

Escrito por Angela Rosana, saiba mais sobre mim aqui.



Os créditos aos fotógrafos constam nas imagens, com links para os respectivos perfis no Instagram. Conheça mais o trabalho de cada um!


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Publicação no Instagram em setembro de 2023

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